PETAR - Parque Estadual e Turístico do Alto
Ribeira
O que é o Bóia Cross
praticado no Petar.
Boia Cross é o nome dado para a atividade turística de
descer rios utilizando-se de uma câmara de ar de caminhão,
amarrada de forma a deslizar sobre a água, levando apenas
uma pessoa por boia.
A
descida do rio é feita em grupo de amigos, não se
trata de competição e sim uma ajuda mútua para chegarem
todos juntos no final. A única competição é interna, com
nossas limitações e emoções pela vida.
O Boia Cross no Petar é praticado de barriga para
baixo, deitando-se sobre a boia com a cabeça na extremidade
frontal da boia e os pés na parte final da bóia, já
praticamente dentro da água.
A boia é amarrada de forma a perder a formato de
círculo e ganhar a forma de um oito ou melhor ainda a forma
de um pequeno bote de borracha. A amarração ideal é a que
não deixa circulação de água no interior da boia.
Utiliza-se para amarrar a boia, uma fita ou corda em
formato de anéis que apertam as laterais da boa com um nó
único que prensado no meio da boia depois de cheia, faz com
que fique praticamente inacessível e tenha uma melhor
eficiência.
Com o crescente aumento do turismo ecológico no PETAR,
os visitantes de cavernas passaram também a procurar no
boia cross uma nova forma de aventura e contato com a
natureza.
Desce o rio de boia é uma atividade que dá muito prazer
ao participante, por estar num rio de águas cristalinas, com
corredeiras que dão ação e emoção, poder apreciar a fauna e
flora da mata ciliar que existe nas margens do rio
Betari e
ainda poder curtir tudo isso com o seu grupo de amigos,
pessoas que você gosta. São momentos inesquecíveis em nossa
vida.
Para iniciar-se no boia cross no rio Bethary,
recomenda-se que o visitante procure um guia regional para
acompanha-los em suas aventuras pelos rios, pois é uma
atividade de aventura e que apresenta muitos riscos para o
participante.
Como surgiu o Boia Cross no PETAR
Nesta região encontra-se a maior concentração de
cavernas do estado de São Paulo. Foram os exploradores de
cavernas mais antigos da
SBE – Sociedade Brasileira de
Espeleologia que sem querer acabaram introduzindo esta
atividade no parque.
Segundo contam os antigos espeleólogos, eles sempre
levavam boias de caminhão para transportar equipamentos
espeleológicos pesados.
Estas
boias foram usadas principalmente na Caverna de Santana que
possui muitos trechos de águas profundas.
Geralmente no domingo antes de voltar para São Paulo,
os espeleólogos se reuniam na velha ponte que cruzava o rio
Bethary em direção a caverna Alambari de Baixo, para longos
papos e brincadeiras na água.
Como
boia sugere água, eles as usavam para ficar flutuando no
poço da ponte. Obviamente foi inevitável que grupos de
amigos começassem a ir mais longe no rio usando as boias
para flutuar. A brincadeira foi se espalhando pela
comunidade espeleológica paulista e também pelas crianças e
adolescentes moradores do Bairro da Serra.
Como o crescente aumento do turismo ecológico no
parque, o boia cross passou a ser uma atividade muito
procurado pelos visitantes a ponto de surgirem alguns pontos
que alugam as boias e equipamentos de segurança para os visitantes.
Os monitores ambientais ( moradores locais ) que guiam
os visitantes nas cavernas, também se especializaram em
descer o rio de boia a ponto de serem os melhores guias
desta nova atividade que fez parte de seu dia-dia quando
criança.
Equipamentos Necessários
A Boia – Pode variar de tamanho, porém o importante é
ser nova e não ter muitos remendos, pois com sol forte podem
abrir e deixar seu dono na mão.
O Colete – Principalmente para as pessoas que não
sabem nadar, pois em alguns trechos existem alguns poços de
águas profundas.
O Capacete – Para não bater a cabeça em pedras.
CONHEÇA OS MELHORES TRECHOS DO RIO BETHARY
Boca do Fecho até Ponte da Alambari ( Classificação 1 –
Fácil )
Este trecho inicia-se próximo ao núcleo Ouro
Grosso e vai até a ponte ( caminho da caverna Alambari de
Baixo ). Este trecho é o mais fácil do rio Bethary e
portanto o mais indicado para quem nunca desceu de boia. As
únicas dificuldades são uma corredeira que tem logo no
inicio e algumas pedras e tronco ao nível da água. O final
do trecho é o mais emocionante, pois o rio atualmente
encontra-se canalizado por grandes pedras de seixos do rio,
dando velocidade para a boia. De cima da ponte de ferro pode
ser observado e fotografado os participantes do boia.
Ponte da Alambari até Ressurgência das Areias (
Classificação 2 – Médio )
Este trecho é o mais freqüentado
pelos visitantes do PETAR, pela facilidade de acesso, pois
seu inicio fica próximo à estrada e o final também, sendo
todo trecho percorrido no próprio bairro da Serra,
facilitando o retorno pela estrada. Neste trecho existe
alguns poços de água profunda e algumas corredeiras e pedras
que vão dificultar um pouco a descida. É uma mistura de ação
e tranqüilidade que se alternam. O visual é magnífico, a
segurança é ideal, pois a qualquer momento o participante
pode desistir e voltar pela estrada.
Ressurgência das Areias até Ponte do Bairro Bethary (
Classificação 3 – Difícil )
Este trecho é o mais veloz de
todos, o rio apresenta sucessivas quedas em desnível
acentuado para o boia. Existe a necessidade de caneleiras e
joelheiras além dos outros equipamentos já citados. Destaque
especial para a cachoeira do FUNIL onde poucas pessoas se
aventuram a descer, tem uma grande pedra bem no caminho da
queda.
OS PERIGOS
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Poços com águas profundas.
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Pedras no meio do rio.
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Galhos com pontas.
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Troncos de árvores caídas.
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Cerca de arame farpado.
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Rio muito cheiro.
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Falta de luz.
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Frio e Hipotermia.
DICAS PARA NÃO FICAR NA MÃO
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Não usar boia muito cheia.
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Levar somente máquina fotográfica aquática.
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Escolher sempre o caminho na água que tenha mais bolhas de
ar.
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Desviar de pedras e galhos batendo a mão.
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Nunca descer o rio sozinho, pelo menos em três pessoas.
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Nunca descer o rio com chuva e ou raios, perigo de vida.
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